Escorpião - Escorpionismo
Os escorpiões possuem hábitos noturnos. Durante o dia escondem-se sob cascas de árvores, pedras e dentro de domícilios, principalmente em sapatos. Medem de 5 a 7 centímetros de comprimento. No Rio Grande do Sul, encontramos principalmente o escorpião preto (
Bothriurus bonariensis). Seu veneno é pouco tóxico e, quando pica, pode causar dor local ou reação alérgica.
Os escorpiões perigosos pertencem ao gênero Tityus, que podem ter coloração amarela (
Tityus serrulatus) ou marrom avermelhado (
Tityus bahiensis). Não são comuns no Rio Grande do Sul e, quando picam, causam muita dor local que se irradia. Pode causar suor, vômitos, e até mesmo choque. Acidente perigoso principalmente para crianças.
São acidentes menos notificados que os ofídicos. Sua gravidade está relacionada à proporção entre quantidade de veneno injetado e massa corporal do indivíduo picado.
Distribuição, Morbidade, Mortalidade e Letalidade: são notificados anualmente, cerca de 8.000 acidentes, com uma letalidade variando em torno de 0,51%. Os acidentes por escorpiões são mais freqüentes no período de setembro a dezembro. Ocorre uma discreta predominância no sexo masculino e a faixa etária de 25 a 49 anos é a mais acometida. A maioria das picadas atinge os membros, havendo predominância do membro superior.
Medidas de controle: limpeza periódica do peridomicílio, evitando-se acúmulo de materiais como lenha, tijolos, pedras para evitar alojamento e proliferação de escorpiões. Cuidados de higiene das residências, manejo adequado do lixo, vedação da soleira das portas são medidas gerais auxiliares importantes na prevenção de acidentes por escorpiões. O uso de inseticidas no controle desses animais é muito discutido.