quarta-feira, janeiro 18, 2006

CATETO – O NOVO PRATO DO AGRONEGÓCIO

CATETO – O NOVO PRATO DO AGRONEGÓCIO Délcio César Cordeiro Rocha O cateto (Tayassu tajacu), também conhecido como Tateto (Região Sul), Caititu (Região do Cerrado) Caetetu (Região Amazônica) pode ser encontrado do Sudoeste dos Estados Unidos (Kansas e Texas) á Argentina, vivendo nas mais diversas habitat. Nos EUA, ele vive nas regiões desérticas, alimentando-se de cactos e pequenos roedores. Pode ser encontrado também na floresta Amazônica, nas planícies cobertas de vegetação do sul da Argentina e na Patagônia. Nesse habitat, predomina a alimentação vegetal, destacando-se as raízes e as gramíneas. Mas ele come também juncos e pequenos vertebrados, como cobras e insetos. Com excelente olfato, o cateto consegue localizar, pelo cheiro, bulbos de vegetais a uma boa profundidade cavando com o focinho até retirá-los. O homem sempre explorou e continua explorando as populações de animais silvestres, muitas vezes de forma predatória que chega mesmo a colocar em risco a preservação de muitas espécies sendo que inúmeras estão ameaçadas de extinção no mundo todo, inclusive no Brasil. Nos últimos anos em vários países grandes esforços têm sido feito para estudar espécies selecionadas de animais silvestres, quer em condições de cativeiros. Esses estudos têm por objetivo permitir um melhor aproveitamento da fauna silvestre, de modo que esse recurso natural renovável possa ser mais bem utilizado pelo maior número de pessoas e pelo menor tempo possível, evitando ainda o perigo de extinção. Um número de aficionados por carnes exóticas procura restaurantes especializados, para saborear carnes destes animais. Para termos uma idéia das possibilidades de expansão deste tipo de criação em nosso país basta lembrar o valor comercial da carne e do couro destes animais. Por outro lado, a exploração técnica e econômica deste animal se revestem de grande importância como instrumento de diversificação e integração das atividades agropecuária. A criação de catetos e queixadas sendo considerada uma atividade recente exige bom conhecimento para conduzir a criação corretamente em todas as etapas. Uma forma de aproveitamento do cateto é a criação comercial, em condições de cativeiro. Com o objetivo de determina a existência da viabilidade econômica dessa criação, realizando estudos a respeito do comportamento, nutrição, alimentação, e reprodução desses animais e, com esses dados, desenvolver uma tecnologia apropriada para a exploração racional desse recurso natural, e com isso auxiliar sua conservação. A reprodução dessa espécie em cativeiro é facilmente obtida, sua gestação é de 145 dias e podem nascer de 01 a 04 filhotes sendo uma média de 02 filhotes por parição, geralmente, com um número maior de fêmeas 62%. O desmame acontece aos 60 dias e o retorno ao cio da fêmea ocorre uma semana após o desmame. A Portaria do IBAMA que regulamenta a criação em cativeiro é a nº 118-N de 15 de outubro de 1997. A criação destes animais permitirá uma maior difusão da importância na manutenção de espécies silvestres na região, educando e fornecendo a população rural, uma nova fonte e oferta de alimento; desenvolvendo um novo sistema de produção, capacitando a mão-de-obra local, além de ser uma nova fonte de renda gerando novos empregos, viabilizando assim novos paradigmas para o Agronegócio Regional. Fonte: Jornal Esteio, Zootecnia/UEM www.animaissilvestres.com

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